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Branding

Branding cultura: força da marca na arte

By 3 de abril de 2019 junho 9th, 2021 No Comments
Por: Adriana Campos
Imagem: Pexels
 
Assisti a estreia do musical Billy Elliot e, além da produção impecável, saber que o espetáculo gerou 200 novos empregos chamou minha atenção. Uau! Número relevante diante dos altos índices da taxa de desemprego (12,5%, dados OIT, período final 2018) e da ausência de oportunidades de trabalho para a nova geração. Além da criação de novos empregos, algumas pesquisas mostram como cultura, ao longo dos 20 anos de Lei Roaunet, passou a representar 4% do PIB nacional. Diante da importância do investimento em cultura e profissionalização do setor, analisamos como trabalhar e posicionar marcas na cultura.
 
Nos últimos anos, houve um incremento no interesse pelas artes, aumentando desejo e consumo. O sucesso de público da SP Arte é reflexo deste momento. No ano passado, durante os cinco dias do festival, a Bienal recebeu 34 mil pessoas de todo país, curiosas e interessadas que circularam, consumiram e aprenderam arte. De acordo com levantamento da consultoria PriceWaterhouseCoopers, o setor da cultura deve atingir US$ 43,7 bilhões no país em 2021. Neste sentido, penso que cultura deve ter relevância como negócio com planejamento estratégico que defina passos e etapas.
 
O branding na cultura cria valor, diferenciação, identidade fortalecendo o posicionamento como marca. Tive a oportunidade de sentar com clientes da área cultural e juntos desenharmos planos estratégicos com resultados acima do esperado. Nos últimos anos, trabalhei em diferentes projetos mostrando que a compreensão da cultura como um negócio não interfere na essência da sua linguagem, valor percebido e impacto no público.
 
Com este olhar, o trabalho conjunto entre produtoras de teatro e marketing deve começar na concepção do espetáculo, desde a criação de um novo texto ou compra de direitos de uma obra existente. Este processo ajuda a entender melhor o mercado, público alvo e analisar a adequação do formato da obra. É claro que isso não significa reduzir a obra e sim ajudar a expandir o alcance, ampliando os possíveis mercados com uma comunicação eficiente. Temos exemplos de inúmeras experiências de eventos culturais de sucesso, com enormes filas na porta dos museus. A execução da estratégia é fundamental para o êxito.
 
Por outro lado, também vivi ótimas experiências levando a linguagem do universo da cultura para o cenário corporativo, quebrando alguns paradigmas de imagem. Empresas fortalecem posicionamento patrocinando espetáculos, livros, filmes, exposições, entre outras formas de arte. Cada vez mais, vejo a abertura para experimentar novas linguagens dentro das grandes organizações. Criar experiências que conectem com a emoção das pessoas é pensar o branding de forma integral.
Cultura, estratégia de marketing e design: trilogia que sempre dá certo!
Adriana Adriana

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