Por: Maria Travitzki
Envolvidos pelo clima mindfulness, questionamos a plenitude das marcas.
Encontrar a verdade, consumir de forma consciente e alcançar o bem-estar social são novos desejos que direcionam escolhas e definem comportamentos.
Estudos mostram a tendência da ampliação da esfera da consciência do consumidor que deixa de pensar individualmente e passa a dar importância para a saúde e bem-estar social, coletivo. No Brasil, uma pesquisa da Folha de S.Paulo mostra que práticas sustentáveis foram incorporadas por 38% dos entrevistados em 2018 (32% em 2012).
O consumo consciente é a chave deste processo e as marcas precisam trilhar este caminho com novas exigências, percepções e fatores que definem as escolhas do consumidor.
Neste cenário, as marcas deixam de comunicar visão e missão e passam a “gritar” seu manifesto, sua causa com impacto e relevância social.
E onde fica a essência da marca? Na sua história, criação ou trajetória? No DNA, personalidade ou identidade? Comunicar somente o benefício de um produto é tornar-se invisível. Marcas precisam falar, se expor, escolher um lado e ter iniciativas coerentes com a sua essência e não perder credibilidade.
Ser transparente, ajudar as pessoas em suas escolhas, comunicar o essencial e adotar uma ética holística em toda a cadeia de valor are the new black.
Muitas empresas já trilham este caminho como a marca esportiva outdoor Patagonia que promove práticas adequadas na cadeia de produção, defende causas ambientais, aplica processos sustentáveis e se define como uma empresa ativista.
A Positiv.a desenvolve produtos de limpeza sustentáveis e defende diversas causas ambientais como o uso de produtos veganos e biodegradáveis. Exibe na home certificados como o selo empresa Sitema B, um movimento global que incentiva boas práticas das empresas para o impacto social e ambiental positivo.
A Ahlma, marca de moda, apresenta uma proposta de moda justa, sustentável, responsável e com menor impacto possível no meio ambiente. Produz de forma invertida, partindo dos materiais disponíveis para reaproveitamento.
Quais marcas estão preparadas para viver e comunicar sua plenitude na era Brandfulness?
É nadar ou morrer na praia.
